
Casagrande.
Cabeludo e rebelde. Esse era Casão, jogador criado no Parque São Jorge.Após voltar de um empréstimo, foi escalado para um jogo contra o Guará, do Distrito Federal. Não decepcionou: fez quatro gols, na vitória por 5 x 1.
A partir daí, começou uma nova era do Timão, conhecida como Democracia Corintiana. Junto com Sócrates, Casagrande foi um dos líderes daquele movimento.
Deixou o Corinthians em 1986 para jogar no Porto, de Portugal.
Quando jogava no Flamengo, veio ao Pacaembu enfrentar o Coringão, pelo Brasileiro de 1993. A torcida corintiana, em coro, gritou: "Volta Casão, seu lugar é no Timão."
E voltou mesmo, em 1994, ultrapassando 100 jogos com a camisa do Corinthians.
Sócrates.
Grande craque do Corinthians no final da década de 70 e início dos anos 80, o "Doutor Sócrates", como era chamado, pela sua formação em medicina, foi um dos maiores ídolos da fiel.Veio do Botafogo, de Ribeirão Preto, em 1978. Não era um atleta modelo, pois fumava muito e gostava de uma cervejinha, além de ir muito mal nos testes físicos.
Aparentava ser uma pessoa fria, a ponto de sequer soltar um sorriso ou um pequeno desabafo após um gol. Mas tinha uma personalidade muito forte, o que o destacava como um líder dentro de campo.
Seu futebol objetivo, técnico e de goleador, aliado a sua inteligência e frieza, marcou muito os corintianos em sua passagem pelo Parque São Jorge. Principalmente nos anos de 1982 e 1983, quando o ex-jogador comandou a Democracia Corintiana dentro e fora de campo, levando o time ao bicampeonato estadual.